Fio da Meada News #22 | A triangulação da influência
E uma curadoria baseada na experiência física
Tempo de leitura: 6 minutos
Edições anteriores:
Fio da Meada #20
Fio da Meada #21Sábado passado eu dei uma palestra na FAAP sobre algumas das reflexões do presente e futuro do marketing de influência. Sou uma apaixonada por dados, mas primeiramente por comportamento humano. A news de hoje pode ser uma viagem com foco no Segue o fio e Pontos de Vista e te convido a entrar nessa trip comigo respondendo a enquete abaixo.
- Ana
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Segue o fio
A triangulação da influência
A Passarelli da Brunch, fez uma live mara de assistir intitulada “Começando os trabalhos” sobre a profissionalização dos influenciadores confesso que eu gostaria de ter assistido antes da palestra de sábado, maaas.
Uma parte da live, me fez lembrar do filme sueco Triângulo da Tristeza. Uma sátira perfeita que inclusive utiliza em seu próprio nome, uma crítica direta à indústria da beleza, a tal da ‘ruga de preocupação’ no meio da sobrancelha.
Essa e outras obras audiovisuais como White Lotus, Succession e Nine Perfect Strangers, vem questionando um certo estilo de vida, inclusive o poder de influenciar as pessoas.
Todas elas estão representando um desejo de subverter as normas e se divertir com as regras arbitrárias do sistema. Em outras palavras, a tendência é menos sobre imitar os ricos e mais sobre ridicularizá-los com uma certa dose de deboche e inveja.
Quando olhamos para a mudança de algoritmo do Instagram trazida pela @copfyponto - olha o triângulo aí - mostrando que agora o Adam vai colocar como foco prioritário a DM (direct message), vemos uma mudança de prioridade do quanto as pessoas estão usando o inbox e da possível dependência de se informarem por influenciadores.
Quantos influenciadores terão consciência do seu papel de informar ou em disseminar informações errôneas em comunidades criadas por inbox?
No relatório de 2021 da Protein Agency, a discussão já pautava aumento de modelos de assinatura, paywall e a incentivar que os membros da comunidade pudessem discutir livremente.
O lançamento da Braid por exemplo, é outra representação em engajar fãs combinando funcionalidades como o Linktree (link-in-bio) e Community (plataforma de mensagens de texto em massa). A produtização das redes comunitárias já é uma realidade.
Isso sugere que o novo conceito de influência poderá estar mais direcionado a um fluxo cíclico em criar conexões autênticas e significativas entre marcas, influenciadores e suas comunidades, em vez de apenas buscar benefícios financeiros em uma triangulação creator-marca-consumidor.
Enquanto que nessa pesquisa do Reino Unido, o público entrevistado disse que presta mais atenção em celebridades, influenciadores e personalidades das redes sociais do que jornalistas. Mais um motivo no qual a profissionalização da influência e dos profissionais que atuam com marcas, ficarem de olho para evitar lesar os clientes como aconteceu com a 1-2-3 milhas.
A busca pela confiabilidade em meio ao grande fluxo de conteúdo continuam sendo desafios significativos, no caso da GenZ mais ainda, que cresceu em comunidades digitais e confia em figuras que testemunham seu crescimento e compartilham valores semelhantes.
Pontos de vista
🧶 Como seria um gráfico produzido por crochê? Juro que não é um merchan do Fio da Meada. Eu amei essa proposta de uma visão mais tátil de uma análise. O crochê e outras artes de fios podem ser perfeitos para visualização de dados porque envolvem a criação de material um pixel de cada vez. Lindo né? [Link]
📖 A economia dos bens físicos é sim uma tendência. Como as características dos objetos influenciam a capacidade de associar uma propriedade psicológica à nossa identidade? Talvez estejamos inclinados a pagar por fotos, objetos, livros e outros itens que possam ter uma experiência manual. [Link]
☯ Se você quer ter hobbies, ame um menos para não profissionalizar (e não surtar!). A importância que isso tem para nosso bem-estar já tem comprovação científica, mas a sacada pode ser não monetizá-la para não viciar na produtividade. Seria massa se alguma marca encarasse esse discurso e incentivasse o consumo do fazer só por fazer. [Link]
💘 Será que o Tinder tornou cada vez mais fácil praticar o sincericídio e ser desagradável, evitativo ou descuidado? A tecnologia pode estar apenas incentivando conexões mais superficiais e desconectadas. [Link]
🇯🇵 Eu amei os detalhes de como as embalagens japonesas são elaboradas. Tem a ver em como as pessoas orientais se relacionam com a cultura, onde o elemento “surpresa” seja pela conexão com o país ou alguma curiosidade engaja e desperta um sentimento de pertencimento. [Link]
obrigada por ler até o final!
👩💻 Criado por Ana Talavera | Comunicóloga & profissional de marketing insights.
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